quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dúvidas frequentes


Por que os planetas giram?

Pode parecer óbvio, mas é a pura verdade: os planetas rodam porque não existe nenhuma força para brecá-los. O fato é que tudo tende a manter seu movimento se não aparecer nada que se oponha. Essa história começou com o Big Bang, a explosão que deu origem ao universo há 15 bilhões de anos. Desde então as partículas do cosmos se atraem e se chocam sem parar. Foi justamente dessas trombadas que nasceram os movimentos de rotação. É como se o universo fosse uma imensa mesa de sinuca imaginária em que não houvesse nenhuma força capaz de parar as bolas. Imagine a bagunça: bastaria uma tacada para começar um bate-bate eterno! Nessa confusão, as bolas fatalmente raspariam umas nas outras, dando origem aos movimentos de rotação. O giro da terra, por exemplo, pode ser reconstituído desde a época em que a matéria que hoje compõe tudo o que existe no sistema solar era só uma nuvem de gás e poeira perdida no meio da galáxia. Acompanhando o pique da Via Láctea, essa nuvem já girava.

Mas, há uns 5 bilhões de anos, uma das regras mais importantes do universo começou a fazer a diferença. Estamos falando da lei que diz que qualquer coisa que fique mais compacta acaba rodando mais depressa. É o que fazem os patinadores na hora do rodopio, encolhendo o corpo para girar rapidamente. No caso da nuvem, a rotação fez com que ela começasse a se condensar, e quanto mais ela se compactava, mais veloz ficava seu giro. Essa reação circular fez as partículas do centro da nuvem condensarem com tanta violência que a temperatura lá no meio chegou à casa dos milhões de graus Celsius. Foi o suficiente para disparar as reações nucleares que "acenderam" o sol. Esse prato giratório, frenético, fez mais e mais partículas baterem umas nas outras.

Algumas juntaram tanta poeira e pedras que cresceram a ponto de virar planetas. "Como o antigo disco girava, os novos planetas conservaram essa característica e passaram a rodar também", diz o astrônomo Roberto Dias da Costa, da Universidade de São Paulo (USP). Cada um deles, porém, faz seus giros em tempos e sentidos próprios, como você confere no infográfico que ilustra estas páginas.

fonte site da mundo estranho

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