Prestige não aguenta e se parte ao meio.
No dia 19 de Novembro de 2002, um petroleiro grego, o Prestige deixou vazar para o oceano 11 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia, originando marés negras nas costas francesas, espanholas e portuguesas.
Apenas 24 horas depois do acidente a mancha de petróleo já atingia 37 quilômetros e 200 metros da costa afetando 700 praias e matando 20 mil aves.
A saga desta tragédia com este antigo navio (petroleiro de casco simples construído em 1976), começou na verdade no dia 13 de Novembro, quando foi feito um pedido de socorro, após ter sido detectado um rombo de 35 metros no casco, levando o navio a tombar.
Foi providenciado o reboque do petroleiro com o intuito de afastá-lo o mais longe possível da costa. Nos dias que se passaram, a fenda no casco do navio só aumentava, e a quantidade de óleo despejada no mar era cada vez maior, até que, no dia de 19 de Novembro, o Prestige partiu-se em dois e afundou-se a 3300 metros de profundidade, juntamente com 77 mil toneladas de petróleo.
Serão muitas as consequências a médio e longo prazo, tanto a nível ambiental, como econômico e social.
Nos meses seguintes ao desastre, o submarino-robô Nautile (francês) soldou o navio afundado a 3,600 metros de profundidade.
Saddan detona o golfo Pérsico.
Em 1991 o ditador iraquiano Saddam Hussein ordenou que se incendiasse cerca de 700 poços de petróleo no Kuwait, país que tinha invadido e estava sendo expulso pelas tropas dos Estados Unidos.
A assustadora quantidade de 1 milhão de litros de óleo foram lançados no golfo Pérsico ou queimados.
A fumaça dos poços bloqueou a luz Solar e lançou um mar de fuligem no ar.
No mínimo mil pessoas morreram de problemas respiratórios.
A mancha viscosa de 1500 km2 matou mais de 25 mil aves e poluiu 600 quilômetros da costa.
O petróleo se infiltrou no solo, impedindo as sementes de germinarem.
A terra ficou com absorção de água quase nula e ainda cerca de 40% da água subterrânea foi contaminada.
Exxon Valdez derrama 40 milhões.
O petroleiro Exxon Valdez colidiu (março de 1989) com rochas submersas na costa do Alasca provocando, talvez, o mais grave desastre ecológico por derramamento de óleo (por um navio) até hoje.
Cerca de 100 mil aves mortas e 2 mil quilômetros de praias contaminadas foi apenas uma parte do estrago causado por 40 milhões de litros de óleo lançados ao mar.
O problema se agravou porque, com o frio, o óleo demora para se tornar solúvel e ser consumido por microorganismos marítimos, agravando o problema, pois a biodegradação ocorre com eficácia apenas a partir dos 15 ºC.
Apesar da limpeza, que mobilizou mais de 10 mil pessoas, cerca de 800 mil litros do petróleo continuam poluindo a costa da região até hoje.
Minamata e o mercúrio.
Em 1956, pescadores dessa baía japonesa começaram a ter
Considerado uma vergonha oriental, uma doença batizada de mal de Minamata, que causava paralisias e podia matar, atacou os pescadores desta baía.
Mais de 3 mil pessoas adoeceram e centenas morreram vítimas da doença.
O motivo de tal mal, foi que uma empresa de fertilizantes, a Chisso Corporation, durante 40 anos derramou 27 toneladas de mercúrio no oceano.
A contaminação atingiu peixes e frutos do mar, a principal fonte de alimentação das famílias da região.
As redes de proteção que impediam os peixes contaminados de nadar para outras águas foram retiradas em 1997, deixando a região livre do mercúrio.
Union Carbide simplesmente se omite.
Cerca de 2500 pessoas morreram pelo contato com as substâncias letais e outras 150 mil sofreram com queimaduras nos olhos e pulmões.
Tudo começou na tenebrosa madrugada de 3 de dezembro de 1984, em Bhopal, Índia, quando mais de 45 toneladas de gases tóxicos vazaram de um tanque da fábrica de agrotóxicos Union Carbide.
A empresa simplesmente abandonou o local e não tomou conhecimento, da forma que deveria.
Os efeitos danosos foram terríveis e até hoje, o solo e a água têm altos níveis de metais pesados e derivados de cloro cancerígenos.
Várias manifestações foram feitas pedindo a limpeza da área, a maioria inutilmente.
O Pesadelo atômico de 1945.
Um marco do horror nuclear, as duas bombas detonadas em agosto de 1945 nas cidades de Hiroshima e Nagasáki mataram que instantaneamente entre150 mil e 220 mil japoneses.
Como os documentos militares da época foram destruídos, as estimativas não são tão precisas.
Num raio de até 1 quilômetro do centro da explosão, quase todos os animais e plantas morreram com as ondas de choque e calor.
De ká para cá, a radiação aumentou em 51% a ocorrência de leucemia nos habitantes.
Dizem os especialistas que as duas cidades já possuem índices de radiação aceitáveis nos dias atuais.
Será?
Chernobyl assusta o mundo.
Liberando uma radiação 90 vezes maior que a das bombas de Hiroshima e Nagasáki a explosão de um dos quatro reatores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia (uma ex-república soviética) em 1986, matou na hora 32 pessoas e mais de 10 mil nos anos seguintes.
Atingindo a Europa, a nuvem nuclear contaminou milhares de quilômetros de florestas e causou doenças em mais de 40 mil pessoas se tornando o pior acidente nuclear da história.
Na época o presidente da extinta União Soviética Mikhail Gorbachev admitiu: “Camaradas, pela primeira vez, enfrentaremos a energia nuclear fora de controle.”
No Brasil.
Considerado como o “Vale da Morte” pelo jornal americano The New York Times, o pólo petroquímico paulista de Cubatão gerava tanta poluição na região que chegou a produzir bebês sem cérebro chocando a opinião pública em todo o mundo.
Em 1980 as indústrias do pólo cuspiam cerca de mil toneladas de gases tóxicos por dia, alimentando uma névoa venenosa que afetava o sistema respiratório e gerava bebês com deformidades físicas, contaminando também a água e o solo da região.
Chuvas ácidas e deslizamentos na serra do Mar eram uma constante.
Após as denúncias, as autoridades exigiram o controle da poluição industrial, melhorando a situação, mas não resolveu totalmente o problema.
De acordo com o Greenpeace, há riscos de contaminação no depósito de organoclorados (substâncias tóxicas que podem causar câncer) da empresa Rhodia.
A empresa, alega que eliminou os contaminantes em dez áreas clandestinas da década 70 e que o depósito atual possui sistemas de segurança e que também passa por inspeções constantes da Cetesb, órgão do governo paulista.
Vai saber!
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